domingo, 11 de novembro de 2007

Pablo Neruda - para todos os Alfredenses ...

(...) cebola clara como um planeta
a reluzir, constelação constante,
redonda rosa de água,
sobre a mesadas gentes pobres.

Generosa desfazeso teu globo de frescura
na consumaçãofervente da frigideira
e os estilhaços de cristalno calor inflamado do azeite
transformam-se em frisadas plumas de ouro.(...)
sais do chão e terna, intacta, pura
como semente de um astro e ao cortar-te
a faca na cozinha sobe a única lágrima sem pena.
Fizeste-nos chorar sem nos afligir.
(...) e vive a fragância da Terranatua natureza cristalina.

Nenhum comentário: